Como estava prometido, aqui recordamos a entrevista que os Sem Origem deram ao blog
www.trespaixoes.blogspot.comSem Origem Parasempre - I Parte
O Três Paixões não alterou apenas o seu visual. Irá também dar vida a outro tipo de posts, como por exemplo o dar a conhecer um pouco mais das nossas gentes. As entrevistas serão um "habitué" deste cantinho, e para começar em grande, transcrevo a conversa com os embaixadores da música elvense.
Os Sem Origem são com justiça a banda do momento, e por esse motivo penso que não poderia estrear da melhor forma a secção de entrevistas do Três Paixões.Foi uma conversa informal, desde a fundação da banda, passando pelo belo presente que estão a viver, e que planos têm para o futuro. Os Sem Origem decidiram que o Três Paixões fosse o local para informar em primeira mão, um trabalho importante na vida da banda.
Como a conversa foi longa, a entrevista terá duas partes, sendo a segunda publicada amanhã.Conheçamos melhor o Kikas, o Kiko, o Dinis, o Penetra e o Dinho.
- Sentem que estão no vosso melhor momento?
S.O. – Não só estamos num grande momento como sentimos um grande espírito de união entre todos os elementos, o que para nós é ainda mais importante que a própria “fama”.
- Como surgiu a ideia de formar os Sem Origem? Qual a data oficial do nascimento?
S.O. – Os Sem Origem não fugiram muito ao começo de outras grandes bandas. Este projecto inicia-se numa conversa de café entre mim (Kiko) e o Dinis no fantástico Verão de 1994, mais concretamente no dia 5 de Agosto.
- Sei que é difícil escolher uma, pois todas as canções são feitas com muito empenho e boas sensações, mas qual é a mais representativa dos Sem Origem?
S.O. – Podemos dizer que todas têm um sabor e um significado especial, mas a que sobrevive ao longo de todos os tempos é a “Sem Origem”. É como que um hino para a banda, mas hoje estamos a fazer umas coisas bastante interessantes.
- Porquê essa escolha? O que vos transmite?
S.O. – Faz-nos recordar como tudo começou, é como se toda a caminhada que percorremos até aos dias de hoje se reflectisse nessa música.
- Quais são as vossas referências musicais, as vossas inspirações? Como classificariam o estilo musical da banda?
S.O. – Felizmente temos todos referências musicais diferentes. Fazemos o que a nossa inspiração e os nossos sentimentos nos digam ao criar, mas há quem nos inclua num rock que pode ser inserido entre o alternativo com momentos de rock/pop. Nós acreditamos que um estilo muito “Sem Origem”.
- Houve alguma mudança na música dos Sem Origem ao longo destes anos, como quando criaram a versão acústica com os Soversion. No entanto, gostaria de perguntar se sentem existir alguma mudança de estilo desde o princípio?
S.O. – Existem mudanças mas não perdemos aquele veia “Rockeira” que marcou os S.O., e convenhamos que o avançar da tecnologia também fez com que a sonoridade da banda se alterasse, assim como a mudança de elementos. Os Soversion surgem numa destas fases. A banda sofreu uma remodelação de 50% dos seus elementos, e decidimos fazer um novo projecto para melhor nos conhecermos musicalmente, e conseguir o entrosamento que estávamos à procura. Houve mesmo quem afirmasse que os Sem Origem iriam desaparecer com este novo projecto. Nada disso. Apenas tivemos de dar algum espaço e pensar como começar tudo outra vez. Achamos que fizemos uma boa escolha.
- Os Sem Origem não se remetem apenas a actuar pelo nosso Alentejo. Também contam com actuações na Sala Mercantil em Badajoz, participaram e venceram o Prémio Sierra de San Pedro, Los Baldios y Alentejo, realizado em San Vicente de Alcantara, actuaram em Mérida na cimeira Ágora junto aos Clã e Kátia Guerreiro, e muito recentemente tocaram em Cordoba. Como correu esta actuação por terras andaluzas?
S.O. – Correu muito bem. É sempre um prazer tocar em novos sítios e para novas pessoas. Trocámos os habituais contactos e existe a possibilidade de actuar até na capital espanhola e quem sabe viajar até ao outro lado do Oceano Atlântico. Por tudo isto foi muito proveitoso ir a Córdoba. Estamos a tornar-nos uns verdadeiros homens de negócios!!! (Risos)
Sem Origem Parasempre - II Parte
- Sentem que são mais reconhecidos em Espanha do que em Portugal? Quais as diferenças entre um público e o outro?
S.O. – No que diz respeito à popularidade podemos dizer que estamos quase empatados, mas entre públicos não encontramos diferenças, todos vibram da mesma maneira nos nossos espectáculos e é com imenso gosto que vimos isso cada vez que tocamos. Obviamente que a balança pesa mais para o lado de Portugal, mas estamos a conhecer Espanha e eles a nós, e temos sido muito bem tratados e acarinhados. A Paella e o Jamon são geniais!!!
- Como fazem a vossa divulgação além fronteiras? Por cá o blogue
http://semorigem.blogspot.com é suficiente para vos dar a conhecer?
S.O. – Por Espanha temos o nosso representante, Manolo Veja, que se mexe só por terra de “nuestros hermanos”. Enquanto pelo nosso Portugal temos o blog, myspace e à pouco tempo, um grupo de pessoas que apreciam o nosso trabalho, fizeram-nos a agradável surpresa de criar um novo sitio na net,
www.semorigemfans.tk e achamos que, para já, tem sido o suficiente para divulgar o nosso trabalho.
- Como fazem para ensaiar, pois cada um tem o seu emprego e horários de certeza muito diferentes?
S.O. – Para fazer o que se gosta arranja-se sempre tempo, mas há horas que são compatíveis e tentamos sempre aproveita-las ao máximo para trabalhar na banda. Depois também existem algumas ideias que podem surgir em qualquer lado, é ai que temos de registar o som ou a letra para depois ser trabalhada o mais rapidamente possível.
- Para o desenvolvimento musical dos Sem Origem, contam com o vosso próprio estúdio, que também serve para outras bandas elvenses gravarem. Estão bem servidos, ou necessitariam de algo diferente?
S.O. – Claro que faltam alguns aparelhos de gama alta, mas para criar uma DEMO com qualidade temos o suficiente. As músicas que por ai circulam dos S.O. foram lá gravadas e até achamos que não estão nada mal!!! (risos)
- A última actuação em Elvas foi durante o último São Mateus, sendo a banda que encerrou o leque de concertos no palco para as bandas jovens elvenses. Penso que este ano a ideia do palco não foi bem sucedida, como referenciei no post sobre o que achei do São Mateus 2009, mas qual vossa opinião?
S.O. – Todo o São Mateus tem de ser repensado. O que aconteceu este ano não agradou a praticamente ninguém. Fizemos questão de o frisar nas duas vezes que subimos ao palco assim como à comunicação social presente. Têm de existir soluções para o que tem vindo a suceder nos últimos anos na Festa dos Elvenses, principalmente na zona dos bares, mas não somos nós que as temos. Nós arranjamos soluções para os projectos em que nos envolvemos, logo as pessoas que decidiram tomar conta dos destinos da Confraria tem de perceber que o nosso São Mateus não está nada bem, e que é necessário fazer algo urgentemente, caso contrário a nossa festa tem os dias contados. Quantidade não é sinónimo de qualidade.
- Quais os projectos imediatos dos Sem Origem? Para quando um disco que se venda a nível nacional?
S.O. – Os S.O. estão neste momento a criar temas novos, quando estiverem prontos iremos trabalhar em estúdio, e para o ano esperamos ter uma DEMO para apresentar às discográficas. E depois logo se vê. Mas para já estamos a trabalhar num registo visual para o tema Ópio. Noticia avançada em primeira-mão. (risos)
À parte do projecto musical, alguns dos elementos da banda integram a Direcção da SIR – Sociedade de Instrução e Recreio. Sei que pretendem revitalizar um espaço onde muitos elvenses viveram momentos inesquecíveis. Recentemente avançaram com duas ideias que considero muito positivas, como a Industria da Voz e o Tributo a Amália. Qual a aceitação que têm sentido do trabalho desenvolvido na SIR?
S.O. – Sociedade com cara e espírito renovados. Indústria da Voz, Tributos, Desporto, Cultura, Danças de Salão, Danças Afro e muitos outros projectos que estão a ser pensados a curto, muito curto espaço… passem pelo blog
http://sirecreio.blogspot.com que vamos dando notícias sobre esta sociedade que está intrinsecamente ligada à história dos Sem Origem.
- Os Sem Origem estão para durar?S.O. – Isso pergunta-se?????? Sem Origem para sempre…………… Obrigado Scottish
FIM
Um abraço especial ao Pedro e ao blog pelo primeiro ano de vida do espaço... Assim como por divulgar o que se vai fazendo pela região.
OBRIGADO